domingo, 20 de maio de 2012

Domingo


Minha cor favorita é azul. Azul marinho, na verdade. Já foi verde, mas hoje em dia verde me faz ficar deprimida. O meu quarto é verde.

Gosto de lugares pequenos e cores de paredes escuras. De chãos corridos de madeira e do barulho que meus sapatos fazem quando piso neles. Eu também gosto muito de sapatos. Menos daqueles que machucam o calcanhar. 


Gosto de cortinas com cores claras e do movimento que elas fazem quando o vento as toca. E de livros. E de bibliotecas. Eu gosto de estantes lotadas. Tenho muitos livros, apesar de já ter lido bem mais. 

Minha mãe era artista plástica mas hoje só manda eu ir arrumar o quarto. Sou muito parecida com ela, apesar de não mandar e-mail pra ninguém com apresentações de slide enormes. Eu checo a minha caixa de e-mail pelo menos cinco vezes ao dia e nunca recebo nada além de anúncios de promoções de lojas que nunca ouvi falar e de passagens aéreas.

Eu também gosto de coisas antigas. De ouvir músicas tristes de outras décadas. Esse clichê babaca que pelo menos todo mundo passou a ter depois de assistir 500 Days of Summer.

Odeio domingos. S
eguindo a logística que aprendi com Jorge Ben, domingo é boa data pra se apaixonar, porque domingo é sinônimo de amor também. Domingo é parceiro da preguiça, de postura torta e errada, de comer mais do que se deve e de aturar aquele tio chato que sempre aparece do nada gritando que foi gol do Palmeiras.

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