sábado, 26 de novembro de 2011

Sobre formigueiro, madrugadas e destruição em massa


Gabriel diz:

Sempre que eu mato uma formiga...
Eu me imagino na pele dela.
Com consciência de tudo o que ocorre.
Uma vez, eu tava preparando pão.
Aqui em casa, a gente tem uma mania particular.
De como se fazer pão, pro café da manhã.
Usamos o fogão, o fogo, mesmo.
Aí fui acender a boca do fogão.
E tinha uma formiga andando nela.
No centro.
Longe das chamas.
Acendi.
E fiquei imaginando...
TU TÁ LÁ DE BOA DANDO UM ROLÊ PROCURANDO COMIDA AÍ TU SOBE NUMA ROCHA E DO NADA CHAMAS FOGO EM TUA VOLTA
E, claro, não pude deixar de soltar um...
"Hello, Formiga... I WANNA PLAY A GAME"



sábado, 12 de novembro de 2011

Eu também quero beber

Sonhei que tomava da mesma água que Tosltói e Alan Moore. Eu, uma garota de pernas tortas e óculos com armação engraçada, na mesma mesa que os caras mais improváveis do mundo.

Os dois bebiam em uma mesa de bar imunda, na esquina da minha escola.

 Venha, filha – pigarreou um deles. Não me recordo qual.
Flutuei até eles. 

 Você é crítica. A crítica está com você. Nós três somos iguais.
E dizendo isso, os dois cuspiram no chão e sumiram.

Eu acho que foi o efeito de ler Watchmen antes de ir dormir, não sei. Mas, no fundo, eles têm total razão. Eu sou mesmo crítica e tenho como total objetivo achar os defeitos e vestígios de bosta em grande parte das pessoas. E eu gosto disso.

Daí que seguir em frente pra deixar de bater no prego da sociedade com o meu martelo de moralismo não me pareceu ser uma boa ideia. E se isso, o meu senso tão crítico, acabar? O que vai restar, além de caixas de papelão e a falsa aceitação? Se isto aí for embora, significa que eu vou sonhar com a Clarice Lispector vestida de fada dizendo para eu deixar de ser tão tola e voltar a ser uma vaca?

Não vou querer descobrir.

Mentira. Se ela pagar a conta, tudo bem.