Estávamos sempre ao Sol, deitados como reis que precisam de um tempo para arranjar algo além da vida. Não tínhamos minutos para boas-vindas e lágrimas jogadas pela janela.
Éramos como pássaros de cor cinza sedentos por violência e nuvens virgens.
O vento nas penugens atravessava cada canto de nossa superfície cobrando essa falta de altura, de voo.
Cores inéditas acabaram por nos cobrir no ápice de nossos mergulhos e a partir de então, deixei de escrever tais coisas e misturas de palavras em branco.
Curvatura pendendo por cada aresta e olhos que ficaram afiados na busca pela solução de problemas flutuantes pela gravidade comprada. O horizonte num magenta, abrindo hemorragia de sentimentos costurados e vividos em vidas passadas. De fábula e fama, dos duetos esquecidos.
Das coisas mais bonitas que ouvi na vida, tem umas mil. Eu sou cafona demais e me mantenho longe do foco e das razões de não ser um cosplay do Bob Esponja. Tem um milhão de motivos.
Isso poderia ser sobre Gênios da Lâmpada e fazer três desejos toscos. Ou a chuva e poeira que estão cobrindo a face dos que já se foram. Ou sobre The Cure. Poderia ser sobre o quanto o Popeye ama espinafre. Isso poderia ser sobre nada.
A minha liberdade se foi junto com algumas tirinhas da Mafalda e o café da minha doce avó.
Tardes nas masmorras de areia e cheiro de protetor solar. Tudo isso é um conto nostálgico que me faz sentir a saudade como algo abstrato.
Nós éramos como reis.
Nós ainda somos como reis sem tempo que só se consolam com músicas do Men At Work e seriados ruins.
É confuso demais. Eu sei.
Linda. Você é uma pessoa linda, Lolly.
ResponderExcluirGrandiosa...
Perla
P.S.: não sei porque desde uns tempos, a minha conta do gmail não é aceita em blog, comento como anônima então. Mas, assino. Ahaha...
Salve, Perlita! Poxa vida, pessoa linda é você, certeza.
ResponderExcluirE sim, o blogspot anda meio biruta. Mas continue aparecendo aqui no Oitava. :)
P.S: obrigada pelo carinho grande!
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