domingo, 18 de setembro de 2011

Você é um babaca



Eu nunca consegui sofrer por causa dessa adoração pelo sexo oposto.

Escrever sobre paixonites de passagem é consequência, na maioria das vezes, disso. 
Quase a mesma coisa de tentar cantar qualquer música dos Smiths de trás para frente, cansa.

Adicta confessa. Eu não consigo me concentrar e acabo rebobinando até momentos ingratos e cuspindo, sem querer, no prato que joguei contra a parede. Acabo por voltar a gostar de seus cabelos, de suas costas, de seus olhos frios e escuros, de suas pintas perto dos olhos, faceiros. E passa. Passa quando eu traço o último ponto final e arquivo o monte de parágrafos em alguma pasta escondida e vou caçar pedaços de pizza na geladeira. Acaba simples.

Eu não dou a mínima, no final das contas. Nada supera a minha sede por expectativas e o turbilhão de coisas que se enrolam pelas pontas dos meus cabelos, junto com os meus dedos e a vontade enorme de dar com a minha cabeça contra a parede.

E isso acontece naquele momento em que você o vê passeando de um lado para o outro com a namorada e o cheiro podre de novidade pura emanando bem na sua cara. O ápice desliza para a corrosão.

Me desculpem, mas eu não sou a garota certa para escrever sobre essas coisas mesquinhas, vulgo relacionamentos. Me façam escolher entre Bob Dylan e Bruce Springsteen, mas não me façam explicar o que toda essa coisa quer dizer. 

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